
Fala-se muito em rede, ecossistema e etc. Fala-se muito em conectividade. Será que a empresa que você comanda, trabalha, colabora é assim?
Uma parte essencial e até fundamental de qualquer ecossistema entre empresas é o networking corporativo.
Networking Corporativo
Não, não é a rede local, o cabeamento ou wi-fi que está na sua empresa. Neste artigo, entede-se “Networking Corporativo” quando uma empresa ajuda seus parceiros e clientes a chegar em outras empresas, seja para novas parcerias (engrandecendo a malha) ou negócios (fazendo girar a economia).
- Clientes que ganham dinheiro aumentam contratos.
- Parceiros que ganham dinheiro geram negócios.
- Clientes que tem contatos trazem novos clientes.
E por aí vai.
Não é de hoje que se percebeu que fazer um networking entre empresas é tão ou até mais importante que aquele entre pessoas. Porém, muita empresa (e muita gente) acha que networking é algo feito para gerar negócios. Ou seja, são apenas starting ou ending points na rede e, portanto, pouco úteis.
O Buraco Negro em Networking
Para não chamar de ralo, que seria outro temo apropriado… E muitas empresas assim o são.
Talvez a diferença para um ralo seja poir estas empresas comportam-se como astros centrais e colocam clientes e parceiros a orbitarem ao seu redor, contudo, exceto talvez por isso, nada mais fazem para seu ecossistema e ainda consomem tudo. Ou seja, que se virem para interagir entre eles: o astro central nada fará.
Não são nem estrelas, pois nem para iluminar aqueles ao seu redor servem. Este tipo de situação normalmente termina em duas situações:
- Quem estiver muito próximo do buraco negro é absorvido por ele, e sabe-se lá o que acontece (Efeito Ralo)
- Quem está longe acaba escapando e buscando redes mais saudáveis.
Porém, sabemos que todas as empresas são formadas por indivíduos. E o networking corporativo é o resultado do networking individual dos seus funcionários. Uma empresa formada por gente que não interage não vai interagir.
Você colabora com o Networking da SUA empresa?
Aqueles eventos que você só vai por obrigação. Aquela feira, que só vai atrapalhar você e fazer sua caixa de e-mails encher (sobre e-mail, um ótimo artigo é ESTE). Aquela reunião de apresentação ou acompanhamento ao novo cliente/fornecedor/parceiro, que é uma rasgação de seda sem propósito. E aquele e-mail, que chegou pedindo algum tipo de ajuda que não vai se refletir em negócio ou bônus, por algo que sua empresa não pode fazer e que fica mofando (ou até é taxado como SPAM)?
Eu entendo que um excesso de reuniões não é normal, principalmente se estas reuniões são internas. Mas o ponto aqui é que se você pensa assim com frequência, chances são de que é você que não colabora para o networking da sua empresa, embora esta esteja lhe dando chance de fazer mais contatos. Você está andando com a correnteza no lugar de tornar o seu tempo (e o dinheiro que a empresa paga por ele) útil.
Há como melhorar isso!
Neste caso, como sempre, é melhor mudar a postura: passar a fazer a coisa útil, perguntar, se interessar, interagir ou, resumidamente, ENGAJAR-SE. Ao fazer isso, se você for o único na empresa e talvez na reunião com este pensamento, tão rapidamente você perceberá e igualmente rapidamente você consegue encerrar o assunto e, então, fazer algo útil do seu tempo.
Vale ainda a ressalva: não é bom ser pavão em reunião e existem chefes que adoram marcar reuniões para vomitar um monte de asneiras. No caso um, nada melhor que aproveitar chances de ficar quieto; no dois, deixa ele vomitar “números e sabedoria enlatada”, afinal, nem ele vai lembrar do que disse…
Ótimo artigo! Vou procurar engajar-me mais no meu ambiente profissional, isso é sempre é bom!